sábado, 4 de agosto de 2012

Não me recordo minimamente do que é beijar alguém a sério. Não é o simples acto de beijar, mas sim beijar e querer, ficar com aquele momento guardado na mão para o resto da vida. Não, não é nostalgia, e muito menos da pessoa que se encontra na foto. Acho que tenho saudades é de ser irracional. Nesta altura não pensava e só sentia. Era tão ridícula e ao mesmo tempo feliz na ilusão do tempo. O tempo não existia. Escrevo isto porque recordei-me de certas situações com o relato de uma amiga de 15 anos. Quanto tempo já passou desde essa altura.. É incrível como a alma cresce conforme vamos vivendo. Com 15 anos tudo era drama e era bom. O drama era bom, fazia-me perceber que aquilo era real. Chega a uma altura em que a paciência para o drama esgota-se. E já não tenho paciência para sofrer ou para depositar esperanças em pessoas ou querer apaixonar-me e ter discussões parvas porque preciso de me sentir viva, e isto tudo é bom com 15 anos. Com o passar do tempo deixa de ser. Não gosto de pessoas e não consigo apaixonar-me por pessoas ao ponto de viver um amor de 15 anos com elas. No dia em que aparecer um, tiro-lhe o chapéu. 








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